FONTE: EXAME ECONOMIA 

Índice é pressionado pela alta de custo, desemprego, instabilidades econômicas e institucionais, informou FGV

Por Estadão Conteúdo

Foto de stock de Trabalho da indústria metalúrgica - forno de aço

Vagas são para Mogi Guaçu e Luiz Antônio (SP) e Três Lagoas (MS) (FG Trade/Getty Images)

A pressão inflacionária e incertezas em várias frentes levaram a confiança da indústria no Brasil a cair pelo segundo mês consecutivo em setembro, mostraram dados da Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta terça-feira. Neste mês, o Índice de Confiança da Indústria (ICI) cedeu 0,6 ponto, a 106,4 pontos, dando sequência à queda registrada em agosto depois de subir pelos quatro meses anteriores.

“As percepções quanto à situação presente e futura vêm oscilando em decorrência de pressões de custo, alto desemprego, instabilidades econômicas e institucionais”, disse em nota a economista do FGV IBRE Claudia Perdigão.

“Nesse contexto, soma-se ainda a crise hídrica, que contribui para elevar a pressão inflacionária e as incertezas quanto à possibilidade de expansão da produção nos próximos meses, tornando mais pessimistas as expectativas para o final do ano”, acrescentou. O Índice de Situação Atual (ISA), que mede o sentimento dos empresários sobre o momento presente do setor industrial, recuou 0,2 ponto em setembro, a 109,2 pontos, mínima desde agosto de 2020 (98,7). Já o Índice de Expectativas (IE), indicador da percepção sobre os próximos meses, caiu 1,0 ponto, para 103,6, menor patamar desde maio deste ano (99,0).

Dados do IBGE divulgados no início de setembro mostraram que a produção industrial brasileira registrou retração de 1,3% em julho na comparação com o mês anterior, pior resultado para o mês desde 2015, iniciando o terceiro trimestre mais de 2% abaixo do nível pré-pandemia.

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