Ex-presidente de entidades do setor, Carlos Trombini aposta na reforma tributária para impulsionar a cadeia produtiva do frio
Por Lu Guimarães
Pela primeira vez na história, o mercado do frio tem grandes chances de eleger um representante para o legislativo federal – o engenheiro mecânico Carlos Trombini, ex-presidente de entidades representativas do setor em nível nacional e no estado de São Paulo.
Candidato pelo Republicanos, o ex-dirigente acredita que, para ser bem-sucedida, uma política voltada para o HVAC-R nacional deve ser precedida por uma ampla discussão e aprovação das reformas administrativa e tributária.
Em entrevista ao Blog do Frio, ele afirma que as duas reformas são fundamentais para agilizar ações governamentais, tornar a administração pública menos burocrática, garantir segurança jurídica e promover o desenvolvimento do País.
“A grande quantidade de tributos diminui a produtividade e a competitividade do País, além de causar desemprego e evasão das empresas”, enfatiza.
Reconhecido por ter atuado fortemente pela aprovação da Lei 13.589, que trata do Plano de Manutenção, Operação e Controle (PMOC) de sistemas de ar condicionado, Trombini acredita que estabelecer uma reforma tributária justa é o princípio para beneficiar a cadeia produtiva do frio.
Além de lembrar da danosa guerra do ICMS entre os estados, que prejudica a economia de regiões inteiras, o candidato defende a criação de uma política de reindustrialização do País como um passo essencial para tornar o HVAC-R menos dependente das importações e mais competitivo nos mercados interno e externo.
De acordo com ele, a cadeia produtiva do frio se ressente até hoje com a saída de parte da produção do País para a China e outros países asiáticos.
“Para viabilizar essas propostas, a ideia é criar uma frente parlamentar que defenda os interesses do nosso setor, estimule a contratação de mão de obra local e a existência de agentes provedores de linhas de financiamento para fomentar principalmente pequenas e médias empresas, além de startups que queiram avançar no mercado”, explica o engenheiro, que também deseja atuar em frentes parlamentares ligadas à engenharia.
Entre suas propostas para o HVAC-R, destacam-se também apoiar investimentos em iniciativas ligadas às energias renováveis e à segurança hídrica, além de rever o marco legal da energia solar fotovoltaica, propor e acompanhar a regulamentação da Lei do PMOC.
Valorização profissional
Com forte histórico na área educacional voltada à formação técnica de mão de obra qualificada para o HVAC-R, Trombini entende que a sua ampla experiência nessa área será bem aproveitada durante um eventual mandato como deputado federal.
“Nosso setor emprega engenheiros, tecnólogos e técnicos, e há espaço para todos, seja na indústria de transformação, seja no varejo ou atendimento ao consumidor final. Entretanto, ainda faltam mais profissionalização e capacitação. Falta, por exemplo, oferta de cursos para engenheiros formados, com ênfase em refrigeração, ar condicionado, ventilação e aquecimento”, comenta.
Biografia
Nascido em Santos, em 10 de agosto de 1959, e desde os três meses de idade morando em Mococa (SP), Trombini chegou aos seis anos de idade à capital paulista. Ingressou na faculdade aos 18 anos e graduou-se engenheiro mecânico em 1983 pela Faculdade de Engenharia Industrial (FEI). Mais tarde, tornou-se especialista em sistemas de refrigeração e ar condicionado.
Também formou-se em administração de empresas pelo Mackenzie, fez pós-graduação em marketing pela FIA/USP e cursou eficiência energética em sistemas de climatização pelo Senai (Ipiranga).
Além de ter atuado no Sindratar-SP e na Abrava, Trombini foi presidente da Associação Nacional dos Profissionais de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (Anprac) e do Ashrae Brasil Chapter, tendo ainda figurado como membro do conselho de diretores da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp).
“Já está na hora de o setor ter representação em Brasília, com o objetivo de lutar pelos nossos interesses”, conclui o candidato.
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