FONTE: Por:Diario de Pernambuco

 (Foto: Marcelo Casal Jr/Agência Brasil)
Foto: Marcelo Casal Jr/Agência Brasil

A decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) pela revisão da vida toda do INSS, na última quinta-feira (1º), tem o objetivo de incluir salários antigos, pagos em outras moedas, no cálculo das aposentadorias. Segundo especialistas, a medida tem o intuito de corrigir um erro cometido na reforma da Previdência de 1999: ter criado uma regra de transição mais prejudicial à população do que é a própria regra permanente.

De acordo com o advogado previdenciário, Elizeu Leite, três grupos são os principais beneficiados: aqueles que realizaram poucos recolhimentos depois de 1994; quem recebia uma remuneração alta antes de 1994 e aqueles com baixos salários depois de 1994.

O advogado ainda explica que as aposentadorias concedidas hoje, com base nas diretrizes da Lei nº 9.876/99, desconsideravam contribuições anteriores a 1994. A média salarial das aposentadorias era calculada, então, com base nas 80% maiores contribuições do trabalhador para o INSS, a partir da criação do Plano Real. “Vale reforçar que todos aqueles que se aposentaram antes de 2019 podem considerar para o cálculo de sua aposentadoria contribuições anteriores ao Plano Real, em 1994. A decisão vale a pena para quem tinha vencimentos maiores antes do Plano Real, perderam renda e tiveram o cálculo de sua contribuição média para fins de aposentadoria prejudicado”, ressalta.

Elizeu ainda completa reforçando que a possibilidade pode ser aplicada, mas não é uma obrigação. Ou seja, é possível ao trabalhador ingressar com uma ação na Justiça a fim de requerer o direito. “A revisão só vale a pena para quem recebia salários mais altos antes de 1994. Para aqueles que recebiam menos, a ação não vale tanto, afinal, a aposentadoria que recebem atualmente é maior”, conclui o advogado.

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