FONTE: FIERN

Investimentos em processos de produção mais sustentáveis, desenvolvimento de novas fontes de energia, eficiência energética, bioeconomia, mercado de carbono. Esses pilares hoje representam frentes promissoras para atrair de investimentos e promover a reindustrialização do Brasil nas premissas de uma economia de baixo carbono, segundo o vice-presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Gilberto Petry, que lidera a missão empresarial à Feira de Hannover, que começou nesta segunda-feira (17), na Alemanha.

“O Brasil deve aproveitar as oportunidades criadas pelas transformações que estão em curso em todo o mundo. A indústria brasileira vem fazendo investimentos significativos em processos de produção mais sustentáveis e no desenvolvimento de tecnologias e de soluções voltadas à consolidação da economia de baixo carbono”, afirmou Petry, que preside a Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (FIERGS), na inauguração do estande brasileiro no maior evento de tecnologia industrial do mundo.

A edição 2023 da Feira de Hannover marca a maior participação da indústria brasileira no evento, que foi criado em 1947. Além de promover a prospecção de negócios e visitas a centros de referência em tecnologia, a missão empresarial apresenta, até a sexta-feira (21), um conjunto de projetos a empresários e investidores presentes no evento em descarbonização de processos industriais, bioeconomia e transição energética, com destaque para pesquisa e inovação na produção de hidrogênio verde.

Uma das principais atrações no estande brasileiro, neste início de feira, tem sido a planta virtual de hidrogênio verde. De forma interativa, pode-se simular todo o processo de produção do combustível limpo: da fonte de energia utilizada em sua fabricação – hidrelétrica, biomassa, eólica ou solar –, da separação do hidrogênio do oxigênio na molécula de água (eletrólise) ao armazenamento e ao transporte para ser utilizada como fonte energética em fábricas ou, até mesmo, no transporte público.

Moderador do showcase sobre hidrogênio verde, o presidente da Federação das Indústrias do Estado da Bahia (FIEB), Ricardo Alban, ressaltou que a produção de hidrogênio verde em escala industrial ainda é um desafio. Para tanto, é preciso avançar em pesquisa e investimento para que a tecnologia esteja madura em toda a cadeia, da produção, passando pelo armazenamento e o transporte, e o consumo em finalidades que podem ir de insumo energético industrial a combustível para o transporte público.

“Se compartilharmos as nossas experiências, empresas e institutos de pesquisa do Brasil poderão reduzir o tempo até que possamos produzir o hidrogênio em escala industrial. Precisamos aproveitar a grande janela de oportunidade que o mundo está nos dando, que é a agenda de baixo carbono. O mundo cobra energia, sustentabilidade e produtos verdes. Temos grande potencial de energias verdes para descarbonizarmos a indústria no Brasil e também para agregar valor à nossa manufatura”, disse Alban.

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