FONTE: BLOG DO FRIO

Indústria se adapta a novas normas ambientais, priorizando refrigerantes que reduzem a pegada de carbono e melhoram a eficiência energética

Por Redação

Mistura à base HFO em exposição na Febrava 2023 | Foto: Nando Costa/Pauta Fotográfica

Em um movimento crescente para combater as mudanças climáticas, gestores de instalações estão adotando estratégias inovadoras para tornar os sistemas de refrigeração e ar condicionado mais ecológicos e eficientes.

Afinal, a sustentabilidade no setor está se tornando uma prioridade em face das regulamentações ambientais crescentes em todo mundo, conforme ressalta Jordan Smith, diretor-executivo do Fórum Global para Tecnologias Climáticas Avançadas (GlobalFACT), um laboratório de ideias (think tank, em inglês) da indústria de fluorquímicos.

Entre as estratégias propostas, a adoção de hidrofluorcarbonos (HFCs), hidrofluorolefinas (HFOs) ou misturas de baixo potencial de aquecimento global (GWP) se destaca. Essas soluções não só diminuem a pegada de carbono, mas também promovem uma eficiência energética superior, resultando em economia de custos.

Segundo o especialista, a abordagem cautelosa em relação aos refrigerantes “naturais”, como o dióxido de carbono, amônia e hidrocarbonetos, é fundamental, devido às suas desvantagens, incluindo menor eficiência energética e impactos ambientais maiores, em função das falhas inerentes, como alta pressão, toxicidade e/ou inflamabilidade, o que levou ao desenvolvimento da fluoroquímica no início do século 20.

A manutenção regular dos sistemas de refrigeração e ar condicionado é outro pilar crucial, evitando vazamentos de refrigerante e garantindo a otimização operacional. Smith salienta que sistemas convencionais com gases fluorados são mais fáceis de manter, comparados aos complexos sistemas com CO2, por exemplo.

O uso de termostatos inteligentes é incentivado para um controle de temperatura mais preciso, melhorando a eficiência energética e minimizando emissões. Esses dispositivos adaptativos aprendem os padrões de uso do edifício, otimizando o consumo de energia.

“Muitos termostatos inteligentes podem ser controlados remotamente por meio de um aplicativo móvel, permitindo que os gerentes do edifício ajustem a temperatura e programem mudanças mesmo quando não estão no local. Isso pode ajudar a garantir que o edifício seja confortável para os ocupantes”, enfatiza.

Além disso, técnicas de resfriamento passivo, como sombreamento, ventilação cruzada e isolamento, complementam os sistemas mecânicos de resfriamento, reduzindo a necessidade de energia para resfriamento e melhorando a qualidade do ar.

Por fim, o descarte responsável de sistemas ao fim da vida útil é vital para a sustentabilidade. A reciclagem adequada de unidades antigas e a regeneração de refrigerantes evita a liberação de gases nocivos na atmosfera e promove a circularidade.

Essas medidas, segundo Smith, não apenas atendem às crescentes regulamentações ambientais, mas também representam um passo inteligente para o sucesso comercial sustentável no longo prazo.

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