Segundo o Ministério de Minas e Energia, governo vai lançar novo instrumento para edificações controlarem melhor seu consumo

Por Redação / FONTE BLOG DO FRIO

Quem adquire equipamentos do AVAC-R em breve terá um motivo a mais para ter na etiqueta do Procel leitura obrigatória, até mesmo antes do manual do usuário.

Por parte de fabricantes, distribuidores e varejistas do setor, cuidado semelhante será adequar suas operações a uma forma mais racional de utilizar um dos insumos mais estratégicos para o corte global das emissões de carbono.

Na COP28 o Brasil ratificou o compromisso de dobrar a taxa média anual de melhoria da eficiência energética, que hoje está em 2%, para mais de 4% ao ano até 2030.

Comprometeu-se também a reduzir as emissões relacionadas ao resfriamento em todos os setores da economia, em pelo menos 68%.

Igualmente de forma voluntária, se propôsa alcançar 10% da redução do consumo de energia elétrica até 2030, em relação ao ano de 2005.

Entretanto, segundo o Ministério das Minas e Energia, o país reduziu até o momento 8,6%, sendo apenas 5% na indústria, 20% nas residências e 10% no transporte.

“Temos um espaço para crescer, precisamos avançar principalmente no setor industrial”, disse à Imprensa a coordenadora geral de Eficiência Energética da Secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia (MME), Samira Sousa.

Entre as fábricas, segundo ela, 40% do esforço de redução de emissões pode ser relacionado com a eficiência energética, enquanto no campo das edificações esse índice se eleva a 50%.

Ao que tudo indica, o trajeto a seguir não será dos mais fáceis. Na avaliação da Agência Internacional de Energia (IEA, em inglês), é necessário triplicar os investimentos anuais em eficiência energética para o país alcançar as metas do Acordo de Paris.

Para se ter uma ideia, a idade média das máquinas e equipamentos industriais é de 14 anos, enquanto as micro e pequenas empresas apresentam médias ainda mais altas, o que as mantêm distantes de uma produção que possa ser considerada eficiente.

“É a primeira vez que vamos ter o índice mínimo de eficiência energética que as edificações vão ter que atender”, concluiu a representante do MMA, para quem tal providência, cujo anúncio é aguardado para o ano que vem, será fundamental para apressar o passo do país em torno de objetivos que interessam o mundo inteiro.

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