Com projeções para o PIB de 2025 em queda, o ministro da Fazenda avalia que serão necessários ajustes pontuais, mas não adiantou corte nas despesas

Por: Raphael Pati – Correio Braziliense / FONTE: DP

ministro da Fazenda, Fernando Haddad, respondeu, nesta terça-feira (22/10), às avaliações negativas de agências e investidores que percebem um crescimento econômico insustentável no Brasil para 2025, devido ao uso intenso de estímulos fiscais desde o início do governo atual. Para o chefe da Pasta, as críticas não possuem embasamento, mas admitiu que o crescimento do PIB ainda depende de uma “série de variáveis”.

“Não é verdade que o Brasil está crescendo com o estímulo fiscal. O déficit do ano passado, em função do pagamento do calote do governo anterior, é três vezes superior ao programado para este ano, segundo o mercado. E não obstante, a economia deste ano está crescendo mais do que cresceu o ano passado”, disse o ministro, que participa de um encontro de representantes das 20 principais economias do mundo, em Washington, EUA.

Nesta terça-feira, Haddad teve uma reunião bilateral com o presidente do Banco Mundial, Ajay Banga, e ainda deve se reunir com representantes da agência de crédito Fitch Ratings, que recentemente publicou uma nota com críticas à condução da política fiscal do Brasil. Mais cedo, também foi convidado para uma reunião, com Galípolo, pelo Conselho Econômico da Casa Branca. O ministro da Fazenda ainda comentou sobre a revisão para 3% do crescimento econômico do Brasil para 2024, segundo o Fundo Monetário Internacional (FMI). Ele acredita que a elevação da expectativa demonstra que a economia segue em ritmo de crescimento, com inflação “relativamente controlada”.

FMI prevê crescimento da economia mundial de 3,2% este ano e em 2025

“É sinal de que nós temos um potencial de crescimento sustentável, que não é uma coisa que vai acontecer este ano e daqui a pouco para. Nós estamos com toda a condição de continuar crescendo”, avalia Haddad.

Mesmo com sinalizações mais fortes recentemente de possíveis cortes na despesa da União, o ministro preferiu não adiantar novas medidas, que devem ser discutidas quando retornar ao Brasil. “Tenho reuniões agendadas tanto com os demais ministérios, quanto com o Presidente da República. Então nós temos um caminho a percorrer”, pontuou.

Confira as informações no Correio Braziliense

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