Publicado porVictor Nunes / FONTE: DCM

 

O desemprego no Brasil registrou queda para 6,4% no terceiro trimestre de 2024, atingindo o menor índice para o período desde o início da série histórica em 2012. A redução de 0,5 ponto percentual em relação ao segundo trimestre (6,9%) foi acompanhada por queda em seis estados, segundo a Pnad Contínua, divulgada pelo IBGE nesta sexta-feira (22). Santa Catarina (2,8%), Mato Grosso (2,3%) e Rondônia (2,1%) lideraram as menores taxas de desocupação. Outros estados que registraram redução no desemprego incluem Rio Grande do Sul (5,1%), Rio de Janeiro (8,5%) e Pernambuco (10,5%). Apesar da queda, a Bahia ainda apresentou a maior taxa entre os estados com redução, marcando 9,7%. Em outras regiões, a taxa permaneceu estável, sem variações significativas. A retomada do mercado de trabalho está diretamente ligada ao aumento das contratações no setor industrial e ao aquecimento da economia.

William Kratochwill, analista da pesquisa, explicou que o segundo semestre é tradicionalmente marcado por maior demanda por mão de obra. “Esse é um período em que as indústrias iniciam o ciclo de contratações para atender ao aumento do consumo no final do ano. No último trimestre, foram abertas mais de 400 mil vagas no setor”, afirmou. A indústria lidera esse movimento, mas outros setores também contribuíram para a queda do desemprego. Outro destaque da pesquisa é a redução do número de pessoas que buscavam trabalho há mais de dois anos, que caiu para 1,5 milhão. Esse é o menor valor registrado para um terceiro trimestre desde 2014, refletindo a melhora no mercado de trabalho. As taxas de desocupação também diminuíram em todas as faixas de tempo de busca por emprego, reforçando o impacto da recuperação econômica. Kratochwill também destacou a relação entre a economia aquecida e a queda no tempo de busca por emprego. “Com o mercado mais dinâmico, vemos uma redução no número de pessoas que estavam procurando trabalho por períodos longos, o que é um reflexo direto da criação de novas vagas e do aumento da demanda por mão de obra”, explicou. A pesquisa também indica um crescimento nos setores de comércio e serviços.

A tendência para os próximos meses é de estabilidade ou novas quedas no desemprego, conforme se intensificam as contratações sazonais de final de ano. O mercado segue otimista com o desempenho econômico e a criação de vagas em setores estratégicos, o que pode levar a novos recordes positivos no início de 2025.

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