FONTE: BLOG DO FRIO

ABRAVA e ASBRAV, entidades do HVAC-R no País e no Sul, respectivamente, justificam seus aplausos às mudanças

Por Redação

Após 16 anos em vigor com a sua redação original, a Norma Brasileira Nº 16.401 acaba de receber uma série de mudanças que tem sido largamente elogiada por especialistas em sistemas centrais e unitários de condicionamento de ar.

O ponto comum entre essas opiniões positivas é a abrangência das novas diretrizes, ao envolver não apenas o conforto térmico, como também a Qualidade do Ar Interior e a eficiência energética, metas históricas da área hoje reforçadas pela urgência ambiental.

Em sua primeira parte, a nova versão da NBR 16.461 define novos requisitos mínimos para o planejamento e dimensionamento dos sistemas de ar-condicionado, garantindo maiores índices de segurança e eficiência.

Na segunda, tem em mira o conforto térmico, ao especificar condições ideais de temperatura e umidade para proporcionar bem-estar em ambientes climatizados.

Por fim, a terceira seção da Norma enfatiza a Qualidade do Ar Interior, estabelecendo padrões de renovação de ar, filtragem e controle de contaminantes, em prol de ambientes mais saudáveis.

Na prática

“A ASBRAV apoia a implementação das novas diretrizes e oferecerá suporte técnico e treinamentos para seus associados se adaptarem à regulamentação atualizada”, declarou em suas redes sociais a Associação Sul Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Aquecimento e Ventilação, tão logo a notícia se confirmou.

Em entrevista para o Blog do Frio, o diretor de Normas Técnicas da entidade, Mario Alexandre Möller Ferreira, deu exemplos práticos sobre as mudanças que chegam ao mercado.

“Na área de projetos, nota-se maior detalhamento de regras para o dimensionamento de uma obra, em função das cargas térmicas dentro e fora do ambiente”, disse o engenheiro mecânico que atua no setor desde 1973, hoje nas áreas de projetos e consultoria.

Os vazamentos de dutos, por sua vez, passaram a ter uma abordagem mais precisa com relação ao cálculo para evitar a perda de performance dos sistemas, com prejuízo na tomada de ar exterior e consequente desperdício de energia.

Outro aspecto importante tratado, na avaliação de Möller, é a velocidade do ar insuflado nos ambientes, tendo em vista “a situação incômoda muitas vezes causada pelo frio em demasia em direção de uma mesa de restaurante”, exemplifica. Por fim, Mario Alexandre abordou a Qualidade do Ar Interior, com atenção especial para filtragem e vazão do ar externo, “aspectos que receberam maior flexibilidade com relação às opções de cálculo, mediante diferentes combinações entre essas duas variáveis fundamentais da QAI”, comemora. Vitória setorial

Em sua Newsletter semanal, a Associação Brasileira de Refrigeração, Ar Condicionado, Ventilação e Aquecimento (ABRAVA) também saudou a chegada das mudanças, sobretudo em relação à Qualidade do Ar Interior.

De acordo com o presidente do Qualindoor – Departamento de Qualidade do Ar Interno da ABRAVA, Arthur Aikawa, “A publicação da atualização da ABNT NBR 16.401 se estendeu por anos, esse fato atesta a resiliência e o comprometimento dos profissionais envolvidos com a evolução contínua do mercado brasileiro por meio de técnicas e processos normativos”.

No entender dele, apenas com a discussão aberta e técnica das reuniões de trabalho pôde-se construir “um arcabouço técnico normativo, auxiliando o mercado na documentação das melhores práticas”.

Desenvolvida pelo Comitê Brasileiro CB 055, de responsabilidade da ABRAVA, a revisão da Norma representa um avanço, de acordo com Aikawa.

No quesito Eficiência Energética, por exemplo, ele comemora a introdução de um Coeficiente de Performance (COP) mínimo para sistemas de ar-condicionado, visando reduzir o consumo energético.

Já na área do conforto térmico, específica parâmetros ideais de temperatura e umidade para proporcionar bem-estar em ambientes climatizados.

“As temperaturas operativas internas agora variam entre 22,5 °C e 25,5 °C, com limites de velocidade do ar mais rigorosos”, acrescenta.

Finalmente, no campo da Qualidade do Ar Interior, estabelece padrões de renovação de ar, filtragem e controle de contaminantes, assegurando ambientes saudáveis.

Por exemplo, as taxas mínimas de renovação de ar passam a ser de 27 m³/h por pessoa em ambientes de escritório e 40 m³/h nos hospitais.

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