Especialista conta como empresas e profissionais do HVAC-R podem diminuir o impacto de sua adesão aos novos tempos

Por Redação / FONTE: BLOG DO FRIO

Foto: Divulgação

Participar deste novo momento da bem-vinda diminuição na atmosfera de Gases de Efeito Estufa (GEE), ainda utilizados em refrigeração e ar-condicionado, requer atenção especial não apenas com o ambiente.

Insumo fundamental do setor, fluidos refrigerantes da categoria HCFC (Hidroclorofluorcarbono) vão tornar-se progressivamente mais escassos. Mas boa parte do parque instalado em indústrias e comércios do País ainda os utiliza, sobretudo o R-22.

Neste ano, o Plano Brasileiro de Eliminação dos HCFCs (PBH) tem como meta reduzir em 67,5% a disponibilidade dessas substâncias, estando definida para 2027 a elevação desse corte para 88,5%. Até 2040, a restrição será total, após permanecer em 97,5% nos 10 anos anteriores.

Bem antes disso, em 2029, o mercado passará a conviver com a primeira redução envolvendo outros produtos, desta vez os Hidrofluorcarbonos (HFCs), família à qual também pertencem, por exemplo, os produtos R-404A, R-507, R-410A e R-134a.

O KIP, por sua vez, outro programa internacional igualmente coordenado no Brasil pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas (MMA), refere-se à Emenda de Kigali, que acrescentou a eliminação dos HFCs ao Protocolo de Montreal.

Os HFCs não prejudicam a Camada de Ozônio, como faziam os CFCs e HCFCs, mas possuem alto potencial de aquecimento global, propriedade indesejável que se expressa pela sigla GWP, em inglês.

Transição

Com base em todo esse cenário, o especialista em Serviços Técnicos, Estratégia e Desenvolvimento de Negócios da Chemours, Lucas Fugita, avalia como essencial também considerar-se o KIP, ao escolher alternativas para o uso do R-22.

Segundo ele, há duas opções para quem possui sistemas com R-22: retrofitar somente o fluido refrigerante ou substituir completamente o equipamento por um novo.

Quanto aos fluidos refrigerantes, a escolha deve ser a linha Opteon™ em ambos os casos, pois ela possui tecnologia das hidrofluorolefinas (HFO) de zero ODP e baixo GWP para substituição dos HCFCs e HFCs.

Para retrofit de R-22 e R-407C em equipamentos de climatização e chillers, por exemplo, o Opteon™ XP20 (R-449C) apresenta GWP 35% menor que o R-22.

Fugita, falando a empresas do setor em evento sobre o tema: treinamento, capacitação e excelência em manutenção vão fazer a diferença nesta fase transitória | Foto: Ferrarini/Pauta Fotográfica

Já em aplicações de refrigeração comercial e industrial, o Opteon™ XP40 (R-449A) se destaca por combinar excelente desempenho com GWP 27% reduzido versus o R-22, além de substituir também os fluidos refrigerantes R-404A, R-507A, R-407A e R-407F.

Para equipamentos novos buscando sustentabilidade, os usuários finais podem optar por fluidos refrigerantes de ultra-baixo GWP da série Opteon™ XL, que possuem GWP até 99% em comparação ao R-22.

“É o caso dos fluidos refrigerantes Opteon™ XL10/YF (R-1234yf), Opteon™ XL20 (R-454C) e Opteon™ XL41 (R-454B), adotados em projetos de equipamentos novos em clientes com foco na sustentabilidade no longo prazo”, diz Lucas.

Sob o ponto de vista do usuário final, ele pondera que aqueles com muitos sistemas ainda operando com HCFCs ou com HFCs encontram-se no momento exato de planejar e dar início às migrações graduais para HFOs.

“É a forma mais indicada de garantir a continuidade das operações, sem comprometer as metas de eficiência energética e sustentabilidade”, acrescenta o engenheiro químico.

Igualmente importante, no entender de Fugita, é reforçar a ideia de que treinamento, capacitação e excelência em manutenção deverão andar lado a lado com a área de sustentabilidade das companhias, “aspecto fundamental para que as escolhas de hoje impactem positivamente no futuro”, conclui.

Categorias: SINDRATARPE

0 comentário

Deixe um comentário

Avatar placeholder

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *