Estado cresce 6,5% em fevereiro e impulsiona avanço de 0,5% da produção industrial na região Nordeste, segundo o IBGE
redacao@movimentoeconomico.com.br / FONTE: MOVIMENTO ECONÔMICO

A produção industrial de Pernambuco avançou 6,5% em fevereiro de 2025 em relação ao mês anterior, liderando os resultados positivos entre os 15 locais pesquisados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Esse foi o maior crescimento registrado no país no período. Esse avanço mensal representa uma recuperação parcial da forte retração registrada em janeiro, mas, na comparação com fevereiro de 2024, na comparação com fevereiro de 2024, o estado ainda apresenta queda de 21,3%.
Com o desempenho de Pernambuco, a Região Nordeste como um todo apresentou crescimento de 0,5% no período, reforçando a contribuição do estado para o desempenho regional. O resultado contrasta com a leve queda de 0,1% na produção industrial nacional no mesmo período.
Além de Pernambuco, outros cinco locais também registraram crescimento em fevereiro, entre eles Rio Grande do Sul (4,8%) e Pará (3,4%), conforme a Pesquisa Industrial Mensal – Produção Física Regional (PIM-PF Regional).
Desempenho regional da produção industrial
Na análise por estados nordestinos, a Bahia e o Ceará apresentaram retrações de 2,6% e 1,0%, respectivamente, mas sem anular o efeito positivo do crescimento pernambucano na média regional. Em relação à média móvel trimestral, a Região Nordeste registrou variação negativa de 1,0%, influenciada sobretudo pelo resultado de janeiro.
O setor industrial da Bahia, com queda de 2,6%, se sobressaiu entre as cinco localidades que apresentaram quedas na passagem de janeiro para fevereiro. Foi a menor taxa em termos absolutos e o segundo resultado negativo mais influente no mês.
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“A indústria baiana apresenta essa queda após quatro meses de resultados positivos, quando acumulou um ganho de 5,7%. Em fevereiro, observamos maior influência dos setores de derivados de petróleo e celulose, papel e produtos de papel. A queda de 2,6%, após quatro meses de crescimento, acontece de uma forma a adequar a oferta e a demanda de maneira estratégica dentro da produção e das especificidades locais, e, de certa forma, era esperada”, explica o analista da pesquisa, Bernardo Almeida.
No mesmo sentido, Ceará (-1,0%) e São Paulo (-0,8) assinalaram as outras quedas mais acentuadas na passagem de janeiro para fevereiro, com o estado paulista tendo exercido a maior influência negativa no mês.
No caso de Pernambuco, a média móvel trimestral apontou queda de 6,5%, enquanto a média móvel nacional também foi negativa (-0,1%) no trimestre encerrado em fevereiro, indicando uma tendência de desaceleração da atividade industrial no país, uma das mais intensas do país no trimestre encerrado em fevereiro. No cenário nacional, o índice de média móvel trimestral também foi negativo, com recuo de 0,1%, mantendo a tendência de retração iniciada em dezembro.
No comparativo com fevereiro de 2024, a indústria nordestina recuou 4,7%, considerando que fevereiro de 2025 teve um dia útil a mais, fator que pode influenciar a comparação interanual, puxada principalmente pela queda na produção da Bahia. Já o Ceará teve uma leve retração de 0,2% no mesmo intervalo.
No acumulado de janeiro e fevereiro de 2025, a Região Nordeste teve retração de 3,8%, com destaque para as quedas registradas por Pernambuco (-19,7%) e Maranhão (-7,9%). Ainda assim, a média nacional no período foi de alta de 1,4%, impulsionada por Santa Catarina (7,6%), Rio Grande do Sul (3,5%) e Paraná (3,3%). Apenas oito dos 18 locais pesquisados registraram crescimento na produção industrial no primeiro bimestre do ano.
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