Quem estuda o enigmático centro da Terra, ou simplesmente já visitou algum balneário termal aquecido pela própria natureza, ainda pode se surpreender com novas descobertas

Por Wagner Fonseca / FONTE: BLOG DO FRIO

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Energia geotermal pode ser usada para aquecer habitações, estufas, piscinas e centrais geotérmicas para a produção de energia elétrica | Foto: Shutterstock

Literalmente emergente em nosso setor, a utilização da água proveniente do subsolo na operação de trocadores de calor ou complementação de sistemas convencionais, há bem mais tempo já é objeto de análise e estudo no meio acadêmico.

Artigo assinado por alunos e professores de mestrado profissional em engenharia e desenvolvimento sustentável e do curso de administração da UFES (Universidade Federal do Espírito Santo), por exemplo, é uma das referências neste campo indicadas pelo professor e mestre Cleber Corrêa Vieira, do departamento de mecânica da Fatec-SP.

Segundo ele, o texto define a geotermia como “energia proveniente de lençóis de aquíferos que entram em contato com rochas aquecidas por ação direta do magma proveniente do núcleo da Terra”, o que o especialista considera algo de grande potencial a ser explorado aqui no Brasil.

É que o aquecimento obtido por essa água subterrânea naturalmente aquecida, famosa em cidades turísticas como Caldas Novas e Olímpia – no interior de Goiás e São Paulo, respectivamente – pode muito bem ser utilizado em processos de troca de calor, como empresas de refrigeração e ar-condicionado têm comprovado com êxito.

Já a criação de poços artificiais, conhecidos como Enhanced Geothermal Systems (EGS), representa caminho promissor para transformar os recursos fornecidos pela energia geotérmica também em eletricidade para consumo humano, de forma eficiente e em larga escala, embora nosso perfil geológico não seja ideal para isso, conforme ressalva o professor Cleber, ao contrário do que ocorre nos países nórdicos, por exemplo.

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